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Ser normal é coisa que não existe. Todos temos as nossas particularidades e necessidades especiais. Então porquê termos que nos conformar com uma filosofia de vida "one size fits all"?
Este ano tomei uma única resolução de Ano Novo, como faço todos os anos. Assim, posso concentrar-me nela e garantir que a pratico as vezes suficientes para se tornar um hábito. O que este ano em particular vai ser um desafio deveras intenso. Passo a explicar:
Sou por natureza incapaz de ver algo mal feito ou incompleto ou sequer de identioficar um poblema sem me sentir compelida a ajudar a resolver. Lá encontro maneira de falar com as pessoas envolvidas, dar sugestões, fazer também alguma coisa, e pronto, de repente tenho mais um tema sob minha responsabilidade sem saber explicar como. Não sei mesmo, é algo tão natural em mim que quando me apercebo já estou no meio de mais uma coisa a tentar resolver e a fazer as coisas andar.
Mas este ano vai ser diferente. E porquê? Porque me apercebi de há uns tempos para cá que há quem tenha "all the fun" quando eu tenho "all the work". E já me vai parecendo tempo a mais e trabalho a mais com pouca ou nenhuma compensação/reconhecimento/mérito e tudo o que está associado. Ora, se continuar a fazer o que sempre fiz até aqui, e que basicamente é pegar em tudo o que precisa de ser feito e fazer andar, provavelmente vou ter resultado igual que é... nenhum. Por isso este ano vai ser diferente. Sem descurar aquilo que é da minha responsabilidade, porque essa é minha e não peço licença a ninguém pelo que é meu, alguém que trate do resto.
Sei que não estou sozinha. Muitas pessoas têm seguido uma determinada orientação, às vezes até contra as suas próprias opiniões. E não quero aqui falar dessas exceções em que nos calamos para bem de um grupo e em que fazemos o bem comum sobrepor-se às nossas opiniões ou necessidades, porque a isso chama-se espírito de sacrifício ou altruismo ou outros adjetivos qualificativos de algo bom. Falo daqueles casos em que seguimos a manada, ou porque não queremos dar nas vistas ou porque preferimos calar as opiniões, mas já chega de carneirada não? Vamos fazer os nossos direitos e opiniões valer, para variar?
Inteligentemente, e sem qualquer tipo de vingança, vamos mostrar o nosso valor, seja através de uma comunicação adequada dos resultados que alcançamos e do que fazemos acontecer dia após dia e que garante uma vida muito mais descansada a quem nos tem por perto, seja mostrando o que acontece quando não estamos por perto... é certo que temos valor também pelo que somos e não apenas pelo que fazemos, mas quando o que fazemos tem muito valor, há que evidenciá-lo. E nem todos nascemos com um nome de família sonante, ou com um brazão, ou com amigos influentes, mas quem nasceu com inteligência, capacidade de trabalho e outros atributos do genéro tem um valor incalculável. Vamos mostrá-lo?