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Coisas pelas quais nunca deveríamos passar

por doinconformismo, em 01.12.13

Todos sabemos que muitas vezes os momentos de mudança se iniciam com perdas. Muitas vezes a perda é tão grande ou gera um sentimento tão intenso que nos leva a por em causa o nosso lugar de conforto, os nossos pressupostos, às vezes até os nossos princípios. E aí a mudança acontece, mais devagar ou mais depressa mas acontece sempre.

 

Mas há perdas e perdas. Hoje em dia não há quem não se queixe de perder alguma coisa, desde estatuto a bens materiais ou estilo de vida. Mas perdas irreparáveis são um campeonato completamente diferente. E este foi um fim de semana de perdas irreparáveis. E nem me vou deter a falar de coisas "menores" como motivação, confiança e outros termos que francamente parece estarem a entrar em desuso. Sobre esses falarei mais tarde. Vou diretamente ao cerne do tema de hoje:

 

Na 6ª perdemos um colega de muito valor, um grande homem e um profissional muitíssimo dedicado à sua empresa e à sua equipa. Lembro-me de fazer projetos emblemáticos com ele, estruturantes, dos que ajudaram a fazer da nossa empresa aquilo que é hoje. Pois bem, a saúde decidiu sair-lhe do corpo e em pouco tempo deixou-nos. Acabou o tempo dos projetos estruturantes.

Não foi o primeiro colega a falecer, não será o último, é desagradável e triste e muitas outras coisas, mas havemos de superar o caso.

 

No entanto ontem soube de uma perda daquelas que nos acompanham diariamente para o resto das nossas vidas. Soube de alguém que perdeu a luta contra um problema de saúde do filho recem-nascido. Este é um tipo de problemas que podem "make or break you" (fazer-nos ou quebrar-nos) e podemos realmente observar que quem já passou por isto e conseguiu refazer a sua vida coloca muito mais todas as coisas em perspetiva.

Mas sempre me questiono e sempre questionarei porque é que este tipo de coisas acontece. Não consigo nem começar a imaginar o tipo de dor que estes pais estão a sentir. E não deixo de sentir algum ressentimento quando vejo por todo o lado um "RIP Paul Walker" como se fosse a pessoa mais importante do mundo a falecer nestes dias.

 

A vida é injusta, já sabemos disso. Mas tão injusta assim? Não posso senão citar a Jonasnuts: Devia haver uma lei natural, qualquer, que impedisse os pais de sobreviverem aos filhos.

Devia haver um conjunto de coisas pelas quais ninguém deveria passar. E esta é uma delas. 


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