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Ser normal é coisa que não existe. Todos temos as nossas particularidades e necessidades especiais. Então porquê termos que nos conformar com uma filosofia de vida "one size fits all"?
É agosto. O trabalho não abrandou e o trânsito só melhorou na semana passada.
É agosto. Depois de temperaturas mazinhas em julho e dois ou três dias de calor insuportável, voltámos ao normal: temperaturas máximas quase a tocar os 30º, fins de tarde e noites ventosas e muito desagradáveis.
É agosto. E quem não está de férias gostaria de estar ou, pelo menos, de abrandar um pouco o ritmo antes da loucura do regresso às aulas.
O que fazemos então? Sair do emprego e ir para a praia ou para os lindíssimos parques da nossa cidade. E não, não estou a falar só de Lisboa, que está mais bonita a cada ano que passa. Muitas outras cidades do nosso maravilhoso país também o estão: Tomar, Aveiro e o incomparável Porto. Vá lá, que o trânsito está melhor, as criancinhas não têm que acordar tão cedo assim e muitas vezes nem é preciso ir levá-las a lado nenhum.
Ir beber um copo ou jantar com os amigos. Não tem orçamento para isso? convide-os para sua casa! Não tem casa para isso? Façam um pic nic! Há sombras para todos em lugares bonitos e no fim o que interessa é a companhia! E que tal um passeio romântico com quem mais ama? Uma visita a lugares emblemáticos da cidade?
O importante é sair da rotina. Fazer outras atividades, como andar de bicicleta (a World Bike Tour do fim de semana passado é um bom exemplo) ou juntar-se à Dice Cultural e à sua Scubadice summer party! Há tanta coisa divertida para fazer e onde conhecer novas pessoas, que a única coisa a NÃO fazer é ficar em casa!
A minha cidade é linda e moderna. Palpita de energia e de novidade, é poliglota e eclética. A minha cidade é uma mulher elegante e culta, que vai ao teatro e à opera e não se esquiva a novas experiências. Não há som como o da minha cidade.
A minha cidade é majestosa e todos os dias o rio a vem beijar. O seu reflexo resplandece em cada pormenor dos bairros antigos e coloridos, de edifícios antigos e trabalhados e até de edifícios contemporâneos, imponentes e de linhas direitas. Não há cor como a da minha cidade.
A minha cidade é clara e alegre e o sol brilha intensamente na maior parte dos dias. Brilha sobre a cidade e sobre o rio, brilha sobre as pessoas, novas ou velhas, alegres ou tristes, brilha sobre tudo e tudo se torna mais bonito – até as pessoas tristes parecem menos tristes. Ah, se elas pudessem ver que quando o sol brilha o rio parece prata! Se ao menos reparassem como cada rua, cada viela sorri quando tocada pelos raios do Astro Maior!
Mas as pessoas tristes não veem porque passam cabisbaixas. Elas não sabem que não há luz como a da minha cidade.