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Fim do ano, finalistas!

por doinconformismo, em 29.05.18

Estamos na reta final do ano letivo.

Os estudantes já cansados desdobram-se em testes, provas, trabalhos, festas.

Os finalistas ainda têm trabalhos de final de curso e ainda outras festas, fitas, festivais.

Os pais e as mães, igualmente cansados, veem as suas agendas encher-se de convocatórias para reuniões, festas, apresentações de final de ano, preparação das malas das crianças que vão viajar….

“Tomara já que tudo isso acabe” pensam os pais. Porventura ainda não cientes de que quando as aulas terminam outra saga começa: quem toma conta das crianças durante 2 ou 3 meses seguidos quando as férias dos paizinhos não são mais de 2 ou 3 semanas?

Aqui claramente quem tem avós disponíveis nem sabe a sorte que tem. Ou sabe e está eternamente grato. Especialmente avós que levam os netos de férias, apanhar o tão necessário sol. Quem não tem avós ou quem os substitua, tem duas hipóteses: deixá-los sozinhos durante o dia, eventualmente com uma lista de tarefas para garantir que não se metem por maus caminhos (ou pelo menos para tentar) ou então ocupá-los em programas de férias das juntas de freguesia, da empresa onde o pai ou a mãe trabalha, ou então os cursos de verão. Há oferta para todas as bolsas, sendo que em alguns casos os campos de férias até garantem a estadia das criancinhas durante a semana.

E depois é tempo de a família ir de férias. Cada vez menos tempo consecutivo, porque há menos gente na empresa e o trabalho não pode parar. E isto se à última hora o patrão não pedir encarecidamente um jeitinho para ir mais tarde ou voltar mais cedo. Fora os pais que gozam férias desencontradas em agosto porque a escola das criancinhas está fechada e alguém tem que ficar com eles. E aí só gozam uma semana juntos, uma semana que tem que ser muito bem aproveitada.

E lá vai toda a família para a casa dos avós ou para o parque de campismo ou para o hotel de 5 estrelas. É igual: um não quer ir à praia, o outro grita porque o irmão lhe roubou a bola ou a irmã lhe puxou os cabelos, todos competem por atenção e invariavelmente os adultos chegam a casa mais cansados do que quando saíram. Mais bronzeados talvez, mas mais cansados. E a perguntar quando será que conseguirão ter umas férias descansados.

Sabem que mais? Vocês não querem isso. Porque quando puderem ir descansados, quer dizer que os vossos filhos estão crescidos e não vos acompanham, e por muito bom que seja (e deve ser!) desfrutar da companhia da vossa cara-metade, vão começar a sentir falta das gritarias, das choradeiras, dos sacos enormes de brinquedos que levavam para a praia. Para não falar dos adolescentes, que deixam os pais órfãos de filhos vivos. Estão lá, mas é pior do que se não estivessem.

E o que é que se tira das férias? Momentos. Pequenos momentos em que fomos realmente felizes.

 

Por isso, neste final de ano, a minha sugestão é esta: desfrutem da companhia uns dos outros. Não é tão importante o que se faz nas férias, mas com quem se está. É essa a questão que vale a pena valorizar.


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