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Ser normal é coisa que não existe. Todos temos as nossas particularidades e necessidades especiais. Então porquê termos que nos conformar com uma filosofia de vida "one size fits all"?
A temperatura finalmente começou a subir. As aulas estão a terminar. Os hotéis e outros empreendimentos turísticos por todo o país estão ainda mais cheios que o normal. É sinal de que as férias estão à porta.
As séries que acompanhámos por todo o inverno estão a terminar. O campeonato mundial de futebol começou e só se ouve falar em festivais de verão. Começou a silly season.
Estamos cansados e desejosos de alguns dias de descanso e passeios, sem TPCs e outros cuidados estundantis, sem chefes e colegas a moerem-nos o juízo. E, tal como em todos os fins de semana, chegamos à conclusão de que esses dias passam demasiado rápido. E porquê? Porque nos ocupamos com tanta coisa que o que é realmente importante acaba por ser deixado para trás? Porque não somos assim tão felizes com o que fazemos? Simplesmente porque somos preguiçosos?
Nestas férias, proponho um exercício diferente: Usar este tempo de descanso e relaxamento para fazermos um balanço do que foi este ano letivo e decidir as mudanças que queremos implementar no próximo. Sim, agora é a melhor altura para as fazer e já escrevi sobre isso algumas vezes (links abaixo). Não acreditam? Deixem que vos desafie. É simples:
1. Utilizem uma página A4 onde desenham uma pizza e cada fatia é uma componente da vossa vida: profissional, familiar, amorosa, espiritual. Saúde, amigos, realização pessoal também são fatias da pizza. 6 a 8 fatias, não mais.
2. Para cada fatia, numa escala de 1 a 10, assinalemos o quão satisfeitos estamos com essa área na nossa vida e porquê (os pontos positivos e os que precisam de melhorar). Sem batotas e sem pressas. Afinal estamos de férias...
3. Para as "fatias" melhor pontuadas o exercício que se propõe é como podemos potenciar ainda maisos pontos fortes. Por exemplo, se pontuámos com valores elevados a nossa vida familiar a ideia é olharmos para os pontos positivos e vermos como os podemos expandir. Se por exemplo um dos pontos positivos é gostarmos de nos divertir em família, uma das ações pode ser escolhermos uma atividade para fazermos em família uma vez por mês.
4. Finalmente, para as duas ou três fatias menos pontuadas (idealmente não mais que duas, não podemos mudar o mundo de uma vez só!) façamos um exercício honesto: o que precisamos de mudar que apenas depende de nós? Imaginemos que uma das áreas menos pontuadas é a profissional. Porque não gostamos do ambiente nem da maneira de ser dos colegas. Não podemos mudar o comportamento deles mas podemos influenciá-lo, mudando o nosso. Como? quais as ações que melhor efeito terão?
5. Agora começamos a planificar. Quais as ações que devemos desenvolver em setembro? em outubro? de que forma nos ajudam a atingir os objetivos para este ano? Falta alguma?
No final, teremos um plano e não nos devemos esquecer de anotar os resultados esperados para cada uma das ações, pois queremos depois avaliar o que realmente funcionou.
Já está! Só temos que desfrutar das férias e começar a preparar a execução do nosso plano para a felicidade!
https://doinconformismo.blogs.sapo.pt/balanco-do-ano-ou-talvez-nao-28242
https://doinconformismo.blogs.sapo.pt/resolucoes-de-ano-novo-21288
https://doinconformismo.blogs.sapo.pt/423.html