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Ser normal é coisa que não existe. Todos temos as nossas particularidades e necessidades especiais. Então porquê termos que nos conformar com uma filosofia de vida "one size fits all"?
Não posso dizer que tenha escolhido a escrita.
Sim, gosto de escrever e de ler, sempre gostei. Desde que me lembro que gosto de fazer exercícios de matemática, de cantar, de passar uma noite acordada a ler um livro apaixonante, de escrever. E de programar, mas nem por isso me tornei programadora, embora tenha desenvolvido várias aplicações e até jogos, na minha vida profissional e não só. Nem me tornei professora de matemática, embora tenha dado explicações desta disciplina (e de outras) durante alguns anos. Nem sequer cantora, embora tenha sido solista e líder em vários grupos durante vários anos. E noites inteiras acordada só mesmo quando tem que ser.
Mas no que diz respeito a escrever, há algo de muito diferente. Sempre escrevi e nunca dei muita importância a isso. Mas ultimamente a escrita persegue-me.
Tal como este texto, as ideias chegam-me, incomodam-me, batem-me à porta da imaginação, fazem barulho. E não desistem até que eu as registe. Até que partilhe. Dançam à minha volta com o volume no máximo. E só descansam quando lhes faço a vontade. Quando as transformo num texto estruturado e inteligível, então descansam.
É por isso que não posso dizer que escolhi a escrita. Foi ela que me escolheu e que me persegue. E que tamanho privilégio isso é!