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Ser normal é coisa que não existe. Todos temos as nossas particularidades e necessidades especiais. Então porquê termos que nos conformar com uma filosofia de vida "one size fits all"?
É Natal e a azáfama é grande. O trânsito caótico, gente que corre para todo o lado tratando de compras, presentes, festas, e tantas outras coisas.
É Natal e pus-me aqui a pensar que Deus mandou o Seu Filho nascer como homem para salvar uma humanidade perdida, mas a humanidade que eu conheço, 2.000 anos depois, parece escolher continuar perdida porque encontra todos os subterfúgios para não enfrentar a realidade, no Natal como na vida.
Comecemos pelo Natal. É o aniversário do bebé Jesus, mas que fazem as pessoas? Transformam-no na festa "da família", na festa "para as crianças", enchem os dias com uma demanda interminável por presentes, comidas, e tantas outras coisas para que a festa seja "em grande" quando na realidade o espaço que Deus ocupa nela é bem pequeno, para não dizer inexistente.
Tal e qual como na vida. Como é possível que as pessoas assistam a reality shows de toda a ordem mas não sejam capazes de tomar conta da sua própria vida? Trocam a sua vida real por cenas televisivas e passam pela vida adormecidos. Ou passam a vida toda à espera que caia um raio cósmico que mude alguma coisa por artes mágicas. Vamos lá a acordar: isso não vai acontecer! Vamos nós tomar as decisões sobre a nossa vida em vez de ficarmos à espera que alguém o faça! Ok?
E depois, o ano novo. E todas as resoluções que vêm com ele, que são invariavelmente as mesmas porque ao fim de 3 meses já não estão a ser perseguidas e para o ano "é que é" - mais ou menos como o sporting... E aí começam as desculpas: a crise, a falta de tempo, a vida que não deixa.... e se em vez de resoluções utópicas em catadupa tivéssemos uma única decisão, na qual nos pudéssemos focar? Porque não vale a pena andarmos com ilusões: perder peso, poupar dinheiro e trabalhar menos são mudanças pesadas e que provavelmente só se conseguem fazer uma de cada vez.
E chegado o dia de Reis acabou tudo (provavelmente as resoluções de ano novo também) e lá continuamos com a vidinha de sempre, com os reality shows de sempre, com os problemas de sempre e com as desculpas de sempre! É talvez por isso que nos deixamos (des)governar por uns quaisquer, e não falo apenas do governo ou do presidente da república, a todos os níveis e em todos os lugares se observa isto!
Isso não é para mim. E não devia ser para ninguém. Por isso uma boa resolução este ano poderia ser ver menos a vida dos outros e exigir mais dos que estão em posição de liderança. Que tal?