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O que nos faz bem

por doinconformismo, em 06.12.13

Nada me dá mais prazer do que dar. Dar coisas, dar o que tenho, dar conselhos, dar miminhos, dar do meu tempo e do meu esforço. Muitas pessoas que conheço gostariam também de dar alguma coisa, fazer algo em prol da comunidade, mas ou pensam que não têm tempo para isso (e relembro o que já disse antes, o tempo que arranjamos para alguma coisa diz muito das nossas prioridades) ou nem sabem por onde começar.

Por isso hoje, não para me vangloriar ou mostrar mas para dar exemplos e poder ajudar alguém a inspirar-se em fazer melhor que eu, aqui vão algumas iniciativas em que estou envolvida com alguns amigos e colegas:

 

Em primeiro lugar, o que tem ocupado e bem o meu tempo nas últimas semanas: Um musical de Natal. "Natal Embrulhado", com musicas do grande Ruben Alves (pianista) e da sua espetacular mulher, Rute. As letras e os textos de pessoas igualmente ilustres assim como ilustres são todos os que se têm desdobrado a trabalhar para que esta super-produção saia impecável. Amanhã teremos o último ensaio geral, e no domingo saímos à rua para cantar alguns dos temas na praça da Figueira. Às 17h na tenda da CAIS. E no fim de semana seguinte, o pleno, como se pode ver no link acima.

 

Sim, este é um exemplo de dar tudo. É um exemplo de sacrifício, de abnegação. Mas para quem não quer ir tão longe, ainda há muita coisa que pode ser feita. Eu trabalho numa associação que promove a Gestão de Projetos e que luta por melhorar e partilhar bons exemplos da gestão de projetos em Portugal. Conheço quem vá dar aulas ao sábado a quem está interessado em aprender mas não pode pagar as aulas. Sei de quem, através das empresas onde trabalham ou não, trabalhe na melhoria de espaços ou na distribuição de refeições a sem-abrigo.

A propósito disso, vou com alguns colegas fazer trabalho voluntário para a Operação Nariz Vermelho, empacotando narizes para serem vendidos e assim obter fundos para as suas atividades.

 

Mas há outros exemplos. Como a troca de presentes do "Amigo secreto" que fazemos no nosso piso na altura do Natal, e que este ano em vez de bugigangas, terá como prendas postais de donativos a instituições. Ou o facto de as prendas da família serem cabazes de produtos "gourmet" adquiridos a instituições de solidariedade social.

 

Os casos são inumeros, e estes são apenas uns parcos exemplos. O que importa é ajudar, e aproveitar esta época para ganharmos hábitos para o ano inteiro. Porque como diz a operação Nariz Vermelho, "Ajudar também nos faz bem".

 

 

 

 

Coisas pelas quais nunca deveríamos passar

por doinconformismo, em 01.12.13

Todos sabemos que muitas vezes os momentos de mudança se iniciam com perdas. Muitas vezes a perda é tão grande ou gera um sentimento tão intenso que nos leva a por em causa o nosso lugar de conforto, os nossos pressupostos, às vezes até os nossos princípios. E aí a mudança acontece, mais devagar ou mais depressa mas acontece sempre.

 

Mas há perdas e perdas. Hoje em dia não há quem não se queixe de perder alguma coisa, desde estatuto a bens materiais ou estilo de vida. Mas perdas irreparáveis são um campeonato completamente diferente. E este foi um fim de semana de perdas irreparáveis. E nem me vou deter a falar de coisas "menores" como motivação, confiança e outros termos que francamente parece estarem a entrar em desuso. Sobre esses falarei mais tarde. Vou diretamente ao cerne do tema de hoje:

 

Na 6ª perdemos um colega de muito valor, um grande homem e um profissional muitíssimo dedicado à sua empresa e à sua equipa. Lembro-me de fazer projetos emblemáticos com ele, estruturantes, dos que ajudaram a fazer da nossa empresa aquilo que é hoje. Pois bem, a saúde decidiu sair-lhe do corpo e em pouco tempo deixou-nos. Acabou o tempo dos projetos estruturantes.

Não foi o primeiro colega a falecer, não será o último, é desagradável e triste e muitas outras coisas, mas havemos de superar o caso.

 

No entanto ontem soube de uma perda daquelas que nos acompanham diariamente para o resto das nossas vidas. Soube de alguém que perdeu a luta contra um problema de saúde do filho recem-nascido. Este é um tipo de problemas que podem "make or break you" (fazer-nos ou quebrar-nos) e podemos realmente observar que quem já passou por isto e conseguiu refazer a sua vida coloca muito mais todas as coisas em perspetiva.

Mas sempre me questiono e sempre questionarei porque é que este tipo de coisas acontece. Não consigo nem começar a imaginar o tipo de dor que estes pais estão a sentir. E não deixo de sentir algum ressentimento quando vejo por todo o lado um "RIP Paul Walker" como se fosse a pessoa mais importante do mundo a falecer nestes dias.

 

A vida é injusta, já sabemos disso. Mas tão injusta assim? Não posso senão citar a Jonasnuts: Devia haver uma lei natural, qualquer, que impedisse os pais de sobreviverem aos filhos.

Devia haver um conjunto de coisas pelas quais ninguém deveria passar. E esta é uma delas. 


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